quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Falcão e o Nada.

Niilismo: Doutrina segundo a qual nada existe de absoluto. É a desvalorização e a morte do sentido, a ausência de finalidade e de resposta ao “porquê”. Os valores tradicionais se depreciam e os "princípios e critérios absolutos dissolvem-se". "Tudo é sacudido, posto radicalmente em discussão. A superfície, antes congelada, das verdades e dos valores tradicionais está despedaçada e torna-se difícil prosseguir no caminho, avistar um ancoradouro".

O niilismo pode ser considerado como "um movimento positivo” – quando pela crítica e pelo desmascaramento nos revela a abissal ausência de cada fundamento, verdade, critério absoluto e universal e, portanto, convoca-nos diante da nossa própria liberdade e responsabilidade, agora não mais garantidas, nem sufocadas ou controladas por nada". Mas também pode ser considerado como "um movimento negativo” – quando nesta dinâmica prevalecem os traços destruidores e iconoclastas, como os do declínio, do ressentimento, da incapacidade de avançar, da paralisia, do “tudo-vale” e do perigoso silogismo ilustrado pela frase do personagem de Dostoiévski: "Se Deus está morto, então tudo é permitido". Entende-se por Deus neste ponto como a verdade e o princípio.

Niilismo nietzscheano. Tal como Nietzsche o entendeu, o niilismo tem significação muito mais ampla e profunda. O filósofo não se refere ao niilismo russo ou alemão, mas ao niilismo europeu, ou seja, ocidental. É um movimento ou processo histórico que, de raízes mergulhadas nos séculos anteriores, deverá determinar os séculos futuros. Sua essência consiste na morte de Deus e nas conseqüências dessa morte. O Deus morto é o Deus cristão que, para Nietzsche, representa não só a figura histórica do Cristo, mas o mundo supra-sensível em geral, e os ideais, as normas, os princípios, os fins, os valores que, colocados acima do mundo terreno, lhe davam orientação e sentido.

A negação do mundo supra-sensível e dos valores que o constituem acarreta o esvaziamento do mundo sensível, que se vê privado de consistência e de razão de ser. O niilismo não é, para Nietzsche, a interpretação deste ou daquele espírito, nem um acontecimento histórico semelhante ou comparável a qualquer outro, mas o advento da consciência de que todos os fins e todos os valores que até então davam sentido à vida humana se tornaram caducos.

A libertação, no que diz respeito aos valores até então vigentes, não somente torna possível mas exige o que Nietzsche chama de "transmutação de todos os valores", que não consiste apenas em sua modificação, mas no desaparecimento do "lugar" em que se situavam, quer dizer, do mundo supra-sensível. Concebendo o ser como valor, a metafísica, em Nietzsche, passa a ser uma axiologia, isto é, uma teoria dos valores. Não só os valores tradicionais decaem, como sua necessidade se desloca do mundo supra-sensível para o sensível, princípio a partir do qual se deve definir a nova tábua ou hierarquia de valores.

O niilismo, portanto, tal como Nietzsche o concebe, não consiste apenas na desvalorização dos valores supremos aceitos, pois a ruína desses valores torna urgente a criação de novos valores que os substituam. O niilismo seria a característica desse estádio intermediário, entre o crepúsculo dos deuses antigos e o anúncio do mundo novo, feito à imagem e semelhança do homem.


Logo abaixo mais um claro exemplo do pensamento niilista.



"Horóscopo"

- Não subestime a sua incapacidade
- Fique tranquilo em relação à sua própria infelicidade
- Uma semana vem, outra semana vai
- Alguém telefonará e você atenderá e depois desligará
- A solução dos seus problemas só lhe dará tranquilidade
- Nem que a tristeza lhe consuma, não morra, não esmoreça, sob hipóte nenhuma

É ganhando que se ganha
É empatando que se empata
é perdendo que se perde
É nascendo que se nasce
É morrendo que se morre
É vivendo que se "veve"

- A lua em Saturno quer dizer alguma coisa
- não seja impertinente você terá nas mãos os dez dedos de sempre
- Uma pessoa idosa não fará nenhuma diferença
- No entanto, aquele alguém, que goza de saúde, poderá pegar uma doença
- No mais será tudo igual, pois o período propicia
- E tudo se encaminha para um fim de semana com apenas dois dias.

Fonte: Enciclopédia de Filosofia, Wikipedia, Vaga-Lume, Vinny via msn.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009